Matueté Blog

Archive for maio de 2012

31 de maio de 2012

:: (a) Brasil | Matueté em Campo

Dia 2 – Banhos de ervas, Maniçoba e as deliciosas cervejas amazônicas

Conhecer Boa Vista do Acará significa ter um gostinho da vida na floresta, mas perto da cidade grande. Lá pude ver a preparação artesanal da farinha de mandioca, colheita de Açaí direto do pé, participar do arranquio da priprioca (erva amazônica – veja Alexandra Forbes buscando compreender como Alex Atala incorporou a raiz da priprioca em seus pratos) e aprender como essa pequena planta ajuda a melhorar a vida das comunidades ribeirinhas na Amazônia com a venda para indústria cosmética e farmacêutica.

O Banho de Cheiro foi outra tradição amazônica que acompanhei de perto. É só escolher o que deseja e jogar no corpo uma água com a essência das mais diferentes ervas. Pode ser curativos, medicinais, energizantes ou até afrodisíacos.

Provei também a Maniçoba (folha da mandioca), um prato típico da região e que demora sete dias para cozinhar. A mandioca contém acido cianídrico em várias partes do vegetal, inclusive na folha, e por isso deve-se cozinhar a folha por sete dias, ligando e religando pacientemente a chama do fogão dezenas de vezes durante o processo. O prato tem gosto e textura de uma feijoada sem feijão! As folhas da mandioca são cozidas incansavelmente e no último dia são misturadas a carne de porco formando um caldo grosso. Muito bom!

A visita ao parque ecológico Mangal das Garças, em Belém, é outra boa pedida, já que abriga diversos espaços da fauna e flora amazônica, como o Guará, ave rara em outros locais do Brasil e de coloração vermelho vivo. A torre de observação guarda uma bela vista da cidade e da Baía de Guajará.

No fim do dia encarei a degustação das cervejas atersanais com toque amazônico feitas pela cervejaria Amazon Beer, como as Cervejas de Tapereba ou de Buriti – bebidas mais leves e frutadas.

Existem também os tipos mais comuns, entre Pilsen, Lager e Weiss. São cervejas de alta qualidade, que não deixam nada a desejar para as melhores cervejas artesanais fabricadas em outros cantos do Brasil. Foi uma grande surpresa encontrar cervejas da mais alta qualidade na Amazônia! Não resisti e já coloquei algumas na mala 🙂

* Relembre o primeiro dia da expedição Belém/Marajó

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30 de maio de 2012

:: (a) Europa | Acontece por aí | Insider | Urbano

Em sua última ida a Paris, Anita Besson visitou o Grand Palais e encheu os olhos com o trabalho do francês Daniel Buren para a Monumenta 2012 – exposição em que anualmente um artista é convidado, e desafiado, a ocupar os 13.500 m² do espaço inaugurado em 1900 na Cidade Luz.

“O bacana dessa montagem da Monumenta é que a obra fica super integrada com o lugar. O artista fez com que a entrada principal da exposição fosse pela porta lateral, para que o elemento surpresa surgisse aos poucos”, conta Anita, que se impressionou com os filtros coloridos usados na obra do artista, conhecido por suas famosas colunas bicolores instaladas no pátio do Palais Royal. “Passear por baixo desses círculos dá a sensação de estar com lentes coloridas nos olhos. Além disso, a cada momento do dia, a luz bate de uma forma diferente e as sombras da cúpula colorida na estrutura do Grand Palais parecem dançar!”

Diferente do conceito apresentado por Buren com a obra  “Excentrique(s), travail in situ”, o indiano naturalizado inglês Anish Kapoor apostou no gigantismo das formas para a Monumenta 2011, instalando uma escultura inflável formada por três esferas conectadas que, unidas a um quarto corpo, criavam uma enorme câmara vermelha. “Na obra de Kapoor você tinha a sensação de entrar no ventre de uma baleia”, comenta Anita, que também visitou a obra de Kapoor no ano passado.

Para quem não viu, e que ver, a Monumenta 2012 ocupa o Grand Palais até 21 de junho.

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:: (a) Brasil | Matueté em Campo

Marcel Barranco, da equipe Matueté, embarcou para uma viagem de sete dias por Belém e Marajó, no Pará. Aqui ele divide um pouco dos lugares, impressões e experiências em cada etapa da viagem.

Dia 1 – Chegada em Belém

O voo de três horas e meia foi tranquilo e cruzou três biomas brasileiros – Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. Pousei em Belém às 15:45 de um sábado nublado e logo encontrei o Gelderson, parceiro local da Matueté no Pará. Em meu primeiro contato com a cidade já pude perceber como a música está mesmo presente na vida dos paraenses. Do caminho até a marina só se ouvia pelas ruas o brega e sua variação mais popular, o technobrega.

A caminho da Cidade Velha, passamos em frente a famosa “portinha”, uma pequena entrada de um sobrado do século XIX que faz sucessos entra a galera descolada-intelectual com a venda de salgados e snacks típicos paraenses (aberto apenas às sextas, sábados e domingos). Um giro pela praça e você está cercado pelos centenários prédios públicos e igrejas de arquitetura portuguesa colonial, muito bem preservados. A recém-reformada Catedral da Sé impressiona por fora e rende muitas fotos para quem gosta de construções históricas.

À noite segui para o Remanso do Peixe, do premiado Chef Thiago Castanho. O restaurante, um simpático sobrado adaptado, fica dentro de uma vilazinha, numa rua sem saída, e tem ambiente agradável. A moqueca de pirarucu com leite de coco, banana da terra e ameixa estava simplesmente deliciosa, com textura cremosa, nada enjoativa, e o peixe  sabiamente dessalgado.

A cidade não é só musical durante o dia, mas principalmente a noite. Passamos pelas principais ruas do atual “bairro da balada”, o Umarizal, com bares para todos lados e gostos. Fácil perceber que o belenense é um povo de hábito noturnos e muito animado após o pôr do sol.

A última parada foi na Estação das Docas, um complexo turístico inaugurado no antigo porto de Belém com espaço para gastronomia, moda e eventos. Lá provei o sorvete Pará da sorveteria Cairu, que combina dois dos mais simbólicos e adorados alimentos da região, o açaí e a Macaxeira… aprovadíssimo!

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28 de maio de 2012

:: Acontece por aí

Há semelhanças entre a construção de um texto e a preparação para uma viagem? Muitas, segundo a escritora e colunista da Companhia das letras Carol Bensimon.

“Daqui a um mês, eu vou estacionar o carro alugado em uma cidade de seis ou sete ruas em Sierra Nevada e entrar arrastando minha mala em uma casa de madeira do século dezenove, onde haverá um quarto reservado para mim a 49 dólares e 90 centavos a noite, quarto 3, the cowboy room. A proprietária vai gostar de falar um bocado e talvez eu fique satisfeita com isso, uma vez que vou estar há nove dias sozinha nesse país estranho, comendo burritos, tirando fotos, procurando sementes de cactos para levar para casa. Essa será a segunda semana de uma viagem que eu planejo há bastante tempo, digamos que uma versão mais simplificada e pé no chão da mítica travessia costa à costa; eu tinha que escolher um lado e então escolhi o oeste. Sem nenhuma dúvida eu escolhi o oeste.

É engraçado o quanto os preparativos de uma viagem se assemelham, no fim das contas, à construção de uma narrativa. A começar pelo traçado do itinerário, evidentemente. Quando decidi trocar o sem-dúvida-embasbacante Grand Canyon por uma pequena cidade ao sul de Tucson chamada Bisbee, isso varreu uns bons milhares de turistas do capítulo Arizona e deu uma cara mais Wim Wenders à minha jornada. Bisbee, pelas fotos, me lembra algumas cenas de Estrela Solitária (Don’t come knocking), embora eu saiba que elas foram gravadas bem longe dali, em Butte, Montana.

Eu também estava pensando em narrativas quando fui escolher a ordem das cidades a serem visitadas. Jeffrey Eugenides é um excelente escritor, mas você já leu aqueles inícios dele? Ele são mais do que bons, são um primor. Queria o primeiro parágrafo de Middlesex para mim, assim como as páginas iniciais de Virgens suicidas. É preciso caprichar muito no início de um livro, e o mesmo para viagens. Um começo desastroso pode comprometer todo o andamento da exploração. Foi por isso que eu decidi não começar por Los Angeles. Seria como alguém vir ao Brasil e ir para São Paulo antes do Rio de Janeiro. Quero dizer, Los Angeles deve ser uma cidade difícil, e você precisa entender um pouco sua complexidade para efetivamente apreciá-la. De modo que San Francisco me pareceu um primeiro passo mais suave. Não há erro quando se trata de casas vitorianas e bondes e pequenas livrarias e aqui-viveu-Allen-Ginsberg.

Eu reservei hotéis. E eu os reservei baseado no meu imaginário de Estados Unidos, que foi construído por um tanto de livros e um tanto de filmes e um tanto de country music, portanto eu não dei bola se não havia micro-ondas no quarto (algumas pessoas no tripadvisor ficam meio obcecadas com isso) ou qualquer outro tipo de mordomia. Eu não tenho nem tevê em casa. Estou lendo Jack Kerouac, On the road. Eu sei, isso é um clichê.

O fantástico sobre uma viagem futura é que você não sabe exatamente o que vai acontecer, e mesmo assim não tem nenhuma dúvida de que lembrará dela para sempre. Elas são cheias de aventura e estranhamento e, caso você não seja uma pessoa que viva um cotidiano de noites viradas e mil e uma confusões com mulheres fatais e gin tônica e danças mirabolantes, o que é exatamente o meu caso, é grande a chance de que esses episódios sejam os pequenos diamantes da sua existência. Portanto é fundamental que você resista a tirar uma foto sorrindo diante de um monumento só pra dizer que esteve lá, como alguns erguem os celulares em um show do Paul McCartney para terem uma imagem tremida e com áudio muito ruim em vez de sentirem o que quer que seja, ali, no momento do show. É fundamental você perder alguma coisa imperdível (segundo o guia de viagem), e então achar o que nem sabia que estava procurando.”

(Texto publicado no blog da Companhia das Letras em 11/05)

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25 de maio de 2012

:: (a) Américas | Insider | Urbano

Como o próprio nome já diz, (Broadway significa “caminho amplo” em português), o circuito formado por 43 teatros tem uma imensidão de opções para todos os gostos. São tantas luzes e cartazes que fica difícil saber por onde começar. Integrante da equipe Matueté, Heloísa de Palma é atriz e não perde os espetáculos do circuito teatral mais famosos do mundo. Aqui ela dá dicas dos melhores shows da temporada.

 “Once” – Baseado no filme de mesmo nome, tem clima de um irish pub, com elenco reunido no palco fazendo uma jam session de músicas irlandesas, e o público convidado a se juntar a eles. Além de aproveitar a música ao lado dos atores, há um bar em cima do palco e o mais entusiasmados podem comprar um whisky e entrar ainda mais no clima da peça. A música é contagiante.

A peça se passa em Dublin e conta a história de Guy, um músico que ganha a vida consertando aspiradores de pó, e Girl, que se apaixona pela música de Guy e o incentiva a acreditar em seu talento. As músicas de estilo folk são lindas e maravilhosamente executadas pelo elenco, que, além de cantar, também toca os instrumentos! O musical concorre ao Tony Awards de 2012 em diversas categorias e vale a pena para quem já viu de tudo e busca algo diferente.

 “Death of a Salesman” – O clássico de Arthur Miller conta com a atuação de Phillip Seymor Hoffmann. A peça não tem grandes efeitos especiais, cenários arrojados ou números musicais. Só teatro e atores. E que atores!

 “The Book of Mormon” – Vencedor do Tony de 2011, o espetáculo continua lotando graças ao texto de humor ácido sobre dois missionários que vão à África catequizar um povoado em Uganda. Muito disputada, entra no roteiro apenas daqueles que planejam suas viagens com antecedência.

“Wicked” – Espetáculo para toda a família, conta a história da Bruxa Má do Oeste, personagem de “O Mágico de Oz”. Com boa música, drama, comédia, cenários, figurinos e efeitos, ganhou o Tony 2004.

“Newsies” – Produção da Disney Theactricals, conta a história de entregadores de jornal no início do século XX que sonham em ter uma vida melhor. O roteiro é complementado por incríveis números de dança e cenários a la Disney, que dispensa maiores comentários e, naturalmente, vem empolgando o público.

“Peter and the Starcatchers” – Grande concorrente ao Tony Awards deste ano, o espetáculo – que conta como Peter Pan se recusou a nunca mais crescer – tem linguagem criativa e atores que se dividem em mais de 30 personagens.

“Anything Goes” – Com composições de Cole Porter, o “musicalsão” tradicional conta com números de sapateado e músicas alegres. E, como todo clássico, não perde sua majestade.

“Evita” – A atriz argentina, Elena Roger, convence na interpretação, mas não vocalmente. Para quem não é um grande fã de Ricky Martin, que interpreta Che Guevara, aproveite o seu curto tempo (afinal, em Nova York o tempo sempre é curto) para explorar outras opções da Broadway.

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:: Acontece por aí

Boas notícias! A Matueté acaba de ser nomeada membro do Fan Club Mandarin Oriental, uma das mais importantes redes hoteleiras do mundo – e uma de nossas favoritas. Estamos entre as cinco agências brasileiras que integram este seleto grupo do Mandarin Oriental.

E, além do reconhecimento, nossos clientes também saem ganhando. Quem se hospedar em um dos hotéis da rede contará com upgrade de categoria de apartamento, se disponível; café da manhã para duas pessoas; e amenities personalizados.

Muito bacana, não é?

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24 de maio de 2012

:: (a) Europa | Acontece por aí | Urbano

A quase um mês das Olimpíadas, Londres prepara-se para a chegada de uma multidão de atletas, turistas e jornalistas. Mas, apesar da proximidade dos jogos, ainda é possível comprar ingressos, encontrar um bom hotel e conferir algumas competições.

Ingressos – Claro que as principais competições já estão esgotadas, mas ainda é possível conseguir entradas para partidas de basquete, futebol, vôlei e outras modalidades.

Para quem não tem nenhuma preferência no roteiro, vale acompanhar as provas ao ar livre. A maratona olímpica, por exemplo, vai passar por pontos turísticos da cidade, como Torre de Londres, Catedral St. Paul e Palácio de Buckingham. Os eventos de vela também serão uma boa oportunidade para visitar as praias da cidade de Weymonuth. Aproveite para ir a Golden Sands.

Hotéis – Para os fanáticos por esporte – e que não querem perder nem mesmo as apresentações de levantamento de peso – a boa dica é optar pelos bairros Essex e Hertfordshire, ao norte da cidade, mais próximo à Vila Olímpica que o super visitado West londrino.

Estrutura – Londres está munida de força extra para receber os Jogos Olímpicos. Só no aerporto de Heathrow mais de mil voluntários estarão a postos para esclarecer dúvidas e auxiliar os embarques. Um mapa desenvolvido pelo Secretaria de Transporte de Londres mostrará o trânsito durante os jogos, e as melhores rotas para fugir de congestionamentos e metrôs lotados. Os mais animados podem optar por ir a pé quando possível ou utilizar os serviços de aluguel de bikes.

Claro que, além das Olimpíadas, Londres oferece uma infinidade de atrações como museus e prédios históricos. Evite filas comprando os ingressos antes.  Durante os jogos também será possível conferir shows e espetáculos da programação Cultural Olympiad.

Dica de leitura: O guia Eat London 2 é uma reedição do primeiro guia publicado em 2007, e reúne todos os principais restaurantes de Londres – desde os mais sofisticados até lugares que só os locais tem o prazer de conhecer. É bem provavél que não haverá um canto tranquilo na cidade, por isso espere por filas e atendimento demorado.

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22 de maio de 2012

:: (a) Américas | Top 5

Algumas cidades ao redor do mundo oferecem ingredientes raros ou pratos tão únicos quanto o lugar onde são preparados. Gabriela Figueiredo – integrante da equipe Matueté – faz uma seleção dos cinco melhores destinos para quando comer bem é o principal objetivo.

PERU


A cozinha peruana – resultado de combinação de influências indígenas, européias, africanas e asiáticas – sobreviveu ao tempo, soube se reinventar e transformou-se em uma gastronomia contemporânea, mas sem perder as raízes. Boa dica é passar pelo Mesa18, restaurante que tem Toshiro Konishi como chef responsável (ele tem Nobu em seu currículo) e curiosos pratos da cozinha fusion japonesa e peruana.

ALBA

Quando chega o outono na região de Alba, no Piemonte italiano, entre outubro e novembro, é aberta a temporada de trufas brancas. Ali, as trufas nascem espontaneamente e são consideradas as mais brancas, intensas e finas trufas do mundo. Não à toa, é uma das iguarias mais caras da gastronomia mundial. Nossa recomendação para apreciá-la? O restaurante San Maurizio Gourmet, na Piazza San Paolo, em Alba – imperdível.

PERIGORD

A região francesa de Perigord – ao sudoeste do país, na região da Aquitânia – é famosa pela produção de trufas negras e pelo melhor Foie Gras do mundo. Ali os gansos e patos são as grandes estrelas e têm até uma estatua em homenagem aos animais em um dos vilarejos. Por lá, recomendamos dois Relais Chateaux: Château de la Treyne e  Le Vieux Logis, ambos com restaurantes fabulosos.

TÓQUIO


Como não poderia deixar de ser, Tóquio abriga o melhor da culinária japonesa, além de ser a cidade com maior número de restaurantes com estrelas Michelin no mundo. Para imergir nesse mundo de sushis e sashimis vale visitar o mercado de peixes Tsukiji.

PAÍS BASCO


Destino ideal para quem quer experimentar a cozinha molecular e descontrutivista do chef catalão – e melhor do mundo – Ferran Adriá. Alguns de seus discípulos abriram seus restaurantes na região basca, como o chef Andoni Aduriz, do Mugaritz, o Juan Mari Arzak, do Arzak e Pedro Subijana, do Akelarre, e atraem curiosos e amantes da nova gastronomia.

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18 de maio de 2012

:: (a) Américas | Acontece por aí | Urbano

Em Nova York a receita para um novo restaurante cair nas graças de público e crítica é simples: escolher um lugar badalado da cidade, convidar um chef conhecido e optar por um menu moderno e sem muita identidade.  O nome da vez segue todos os requisitos e, não à toa, é o restaurante da temporada.

O Atera, do chef Matthew Lightner (ex chef do Noma, na Dinamarca, e Mugartiz, na Espanha), inaugurou no bairro Tribeca com pouco barulho e provocou efeito contrário. Com apenas 12 lugares e dois turnos de jantar, o restaurante tem atraído olhares curiosos e listas de espera. O lugar segue a linha “tasting room”, e serve apenas menu degustação com 10 pratos com influência da cozinha escandinava e tasting de bebidas.

Essa, aliás, é uma corrente que tem crescido em Nova York e que vai à contramão de grandes salões com mesas  cheias e cardápios sem fim. Outros estabelecimentos, como o Momofuku Ko – disputadíssimo – e o bem cotado Brooklyn Fare, também apostam em salas de degustação e a extinção do cardápio à la carte. O resultado são cerca de dez a 17 pratos, extensa carta de bebidas (que nem sempre harmonizam com o menu), intermináveis filas e reservas quase impossíveis. O Momofuku Ko, por exemplo, tem decoração simples, música ambiente altíssima e, ainda assim, é um dos restaurantes mais difíceis para se conseguir reserva na cidade.

Por enquanto, o Atera ainda segue com boas críticas e público interessante. Vale para quem quer experimentar a ideia sem se frustrar. Ah, e ainda assim as reservas devem ser feitas com dois meses de antecedência.

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17 de maio de 2012

:: (a) Américas | Matueté em Campo | Urbano

Antes de embarcar para Buenos Aires, Gabriela Figueiredo – equipe Matueté – já havia escolhido os travesseiros, roupões e lençóis para sua estadia no Algodon Mansion. Tudo preparado pelo mordomo Agustin, que não só enviou um e-mail com as opções de roupa de cama, como também se ofereceu para indicar restaurantes, espetáculos e qualquer outra coisa na cidade. Era só falar com o Agustin!

“O hotel fica em um casarão lindíssimo, em uma rua tranqüila e no miolo da Recoleta chique. São apenas 10 quartos e, apesar das pequenas áreas sociais, não falta nada: há um lobby bar frequentado pelos hóspedes no happy hour, o restaurante com influência da cozinha francesa Chez Nous, frequentado por locais, um pequeno spa e até uma piscina na cobertura”, conta Gabi, que experimentou dois dias de sossego na mansão Argentina.

Para quem também quer ter um Agustin para chamar de seu, Gabi indica os quartos com vista para o jardim da casa vizinha, que pertence a uma tradicional família portenha. “Olhando as folhas amareladas do outono em Buenos Aires, o abrir e fechar de janelas dos vizinhos, esperando o mordomo Agustin confirmar minha reserva para o jantar, era difícil acreditar que aquela não era a minha casa”, conta ela.

Ps: Apesar de todo cuidado e capricho do Agustin, o fim de semana na mansão não foi só de regalias. Gabi precisou colocar a mão na massa na hora de desfazer a mala.

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