Matueté Blog

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22 de setembro de 2016

:: (a) Ásia | Israel | Oriente Médio | Urbano

Israel

Israel não estava no topo da minha lista. Um motivo bem pagão me levou para lá: a comida.

Foi comprar o livro “Jerusalem”, do chefe Yotam Ottolenghi, e pronto: não via a hora de desbravar o mercado de Mahane Yehuda, comer um pita fresquinho nas padarias de Jaffa, experimentar todas as variações de falafel e homus, beber suco de romã espremido na hora.

E lá fui eu, em pleno Carnaval conhecer a Terra Santa.

Comecei por Tel Aviv, onde me hospedei no charmoso The Norman. O hotel fica na White City, bairro com a maior concentração de construções no estilo Bauhaus do mundo e tombado pela Unesco em 2003. O The Norman ocupa dois desses prédios e tem um clima delicioso de casa. Depois de uma boa noite de sono, parti para explorar a cidade, mas não sem antes provar o “Israeli Breakfast” que me oferecia o menu do hotel  – ovos mexidos, salada de tomates, minúsculas azeitonas verdes e coalhada seca com záatar. Ali, na primeira manhã, tive certeza de que minha expedição “semi-gastronômica” seria bem-sucedida.

Tel Aviv é bastante plana, e é muito fácil navegar pela cidade. Há sempre a referência da orla, e a prefeitura oferece sistema de bicicletas compartilhadas para quem quiser pedalar, embora do hotel The Norman dê para chegar a quase qualquer lugar a pé.

20160208_10370020160211_132009 Saí em direção ao mar, cruzando o bairro trendy de Neve Tzedek, com suas lojas tão pequenas quanto bacanas, brechós e cafés. Andei por toda a orla, vi a praia, os beach clubs que devem ferver no verão (era fevereiro) e cheguei a Jaffa, a antiga cidade murada, o porto importante da antiguidade e hoje refúgio de artistas locais e de muitos, muitos gatos.

Meu destino em Jaffa era a padaria Abulafia, estabelecimento centenário, que assa na hora burekas e pitas, e tem uma oferta incrível de doces. Os fornos em ação são um espetáculo à parte. De lá, voltei à parte “nova” da cidade, para visitar o Museu de Arte de Tel Aviv, que abriga uma grande coleção de artistas israelenses e judeus dos séculos XIX e XX, além de exposições temporárias, sobretudo de fotografia – estas nos corredores e salões futuristas da nova ala, a Amir Building, com paredes de concreto em ângulos pouco usuais. Pedalei pela White City no finalzinho da tarde, e tomei drinks no animado bar do hotel antes do meu primeiro jantar em Israel. Não me decepcionei com o Mizlala, restaurante de forte apelo mediterrâneo e excelente carta de vinhos das colinas de Golan.

Daria para ter passado muito mais tempo em Tel Aviv, mas eu tinha que continuar viagem. Como o país é pequeno, num único dia (longo e num ritmo acelerado, devo confessar) foi possível percorrer todo o norte de Israel. Em Nazaré, visitei o famoso Santuário e comi os melhores doces de massa phyllo e pistache que já provei. Em Copernaum, tomei o primeiro copo (de muitos) de suco de Romã.  Entre Tabgha, lugar do milagre bíblico da multiplicação dos peixes, e Tiberíades, às margens do Mar da Galileia, numa banca de beira de estrada, provei um falafel frito na hora, temperado com um picante molho de manga trazido a Israel por judeus iraquianos – viciante.

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Comendo e bebendo entre cenários de passagens bíblicas, desci o vale do Rio Jordão (cruzei toda a margem ocidental, a famigerada “West Bank”), vi o deserto virar verde e depois deserto de novo, coloquei a pontinha do dedo no Mar Morto e finalmente cheguei a Jerusalém.

 O dourado do Domo da Rocha brilhava sobre a cidade branca. Foi uma visão inesquecível.

Em Jerusalém dividi minha estadia entre dois hotéis. O primeiro foi o agradável American Colony.    Do lado árabe da cidade, foi originalmente uma “colônia” de evangélicos americanos que imigraram para a Terra Santa no século XIX, e até hoje conserva o clima “Old World” e uma atmosfera misteriosa – o hall e o bar adorável, com alguns tipos indecifráveis, parecem cenário

Dividi meus dias também entre almoços autênticos e jantares incríveis.s de um romance de Carré ou Graham Greene. O outro foi o moderno Mamilla, colado nas muralhas da cidade antiga. Cada um tem seu charme e suas vantagens: o American Colony é o hotel dos expats, dos correspondentes de imprensa internacionais, do bar intimista, dos quartos grandes e old fashioned. O Mamilla é o hot spot da cidade: com sua bela arquitetura que mescla referências locais – como as pedras da fachada – à linguagem contemporânea, fica adjacente a um mini shopping simpático e muito perto do principal portão de Jerusalém, o Jaffa Gate.

Fiz uma caminhada sobre as muralhas, programa quase desprezado pela maioria dos turistas, mas que dá um panorama único de Jerusalém. Desci no Arab Quarter e corri para a casa de homus Abu Shukri. Sem pratos, com talheres de plásticos e guardanapos de papel, comi o melhor falafel e o melhor homus da viagem. Ao lado do Mercado de Mehane Yuda, programa obrigatório, conheci o simplíssimo Rachmo, que serve charutinhos de folha de uva que derretem na boca e sopa de beterraba com bolinhos de carne, outra especialidade dos judeus iraquianos.

Andei pelos jardins do Domo da Rocha, subi o Monte das Oliveiras, fui a Belém. Vi as preces no Muro das Lamentações. Testemunhei as emocionantes celebrações de Bat e Bar Mitzvah no Muro das Lamentações. Percorri a via Dolorosa com um grupo de monges franciscanos que narravam a paixão de Cristo a cada uma das estações. Subi escada, desci escada, me perdi em labirintos.

Cruzam-se bairros e religiões em poucos passos. Assim como se transita entre mediterrâneo e oriente em poucos pratos.

20160211_133121O melhor do Mediterrâneo provei no Chakra, de frente para uma bela praça num bairro novo da cidade. No intimista Mona, bistrô num casarão lindo, vi pratos com uma linha mais europeia, mas com nítida influência do oriente – uma coalhada aqui, um zaatar lá.  Tudo muito delicado. O Lehem Basar (Meat & Eat) é curioso, uma steak house kosher que abre no Shabat, lota de jovens religiosos e ocupa um galpão no complexo First Station, onde funcionava a antiga estação do trem que ligava Jerusalém a Jaffa.

O ponto alto foi o Machneyuda: pratos tradicionais revisitados como o Shikshukit, carne moída de cordeiro com tahini e iogurte ou as lulas com creme de berinjela defumada e harissa, salada fatush como nunca antes vista, tudo numa atmosfera vibrante, cozinha cheia de energia, chefs que brindam com os comensais a cada prato.

Há algo de fresco, de novo, de muito interessante na culinária israelense. “Farm to table” aqui é condição, não atrativo. É como se já tivessem superado todos os modismos, coletado o mais gostoso e o essencial desse privilegiado mix de influências de quem está de frente para o Mediterrâneo e de costas para o Oriente Médio, e produzido algo único.

E, claro, a comida é só um pequeno-essencial motivo para conhecer Israel

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5 de novembro de 2015

:: (a) Américas | *Urban | Art & Architecture | Brazil - Southeast Region | Urbano

O centro de São Paulo, quem diria, tem se tornado um dos hot spots mais interessantes (e bonitos!) da cidade.

E isso graças a 10 talentosos artistas que revitalizaram as paredes desgastadas do largo do Arouche durante o O.bra Festival, que aconteceu há algumas semanas.

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Com murais de até 60 metros de altura, pintados por grafiteiros do mundo todo, o festival enaltece justamente um dos maiores atrativos de SP: a arte de rua!

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Chega a ser emocionante passear na tradicional região paulistana e testemunhar o contraste de saudosismo e contemporaneidade, riquíssimo em experiências e sensações.

Os muros, antes monocromáticos, agora contam histórias e pontos de vista.

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Um prato cheio para novos visitantes e, principalmente, pra quem já estava acostumado com a paisagem urbana.

Não deixe de conferir…

*Imagens: @babikhadur 
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8 de setembro de 2015

:: (a) Europa | *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Urbano

Novidade quente para viajantes antenados que estiverem pelas redondezas de Paris nas próximas semanas: de 12 de setembro a 17 de outubro, a Galeria Perrotin recebe a aguardada exposição do grafiteiro e fotógrafo francês JR – reconhecido como um dos artistas mais inovadores e influentes da atualidade, seja pelo skills afiado e visão de mundo avant-garde, quanto por sua filiação a nomes de peso, como Robert de Niro, Bono, Pharrell Williams, entre outros.

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Para os que ainda não ligaram a obra ao artista, JR é o responsável pelos projetos Inside Out (dos belos e impactantes retratos em preto e branco que já rodaram o mundo inteiro), Face2Face (sobre a questão separatista entre israelitas e palestinos), Women are Heroes (sobre mulheres impactadas pela violência no morro da Providência, no Rio de Janeiro) e a parceria com o Ballet de Nova York para o filme Cité des Bosquets, com inspiração nas revoltas urbanas dos subúrbios parisienses em 2005.

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A exposição na Galeria Perrotin documenta, dessa vez, os últimos 10 anos de trabalho do artista, com muitos vídeos, fotografias e até uma instalação imersiva que remete aos cenários de Cité des Bosquets.

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Em uma palavra: IMPERDÍVEL!

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4 de setembro de 2015

:: (a) Europa | *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Dica do Viajante | Urbano

Poucos destinos são tão ousados e vanguardistas quanto Berlin; seja na arte, na arquitetura, no comportamento… e agora também nos shoppings!

A movimentada região de Alexanderplatz e Fernsehturm são os grandes pontos de referência do lado ‘East’ da cidade. Já o lado ‘West’, agora conta com mais um ícone de uma Berlin cosmopolita e sempre ávida por novidades: o Bikini Berlin.

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O Bikini é o primeiro Concept Mall da Alemanha. Moda, Design, Lifestyle e Gastronomia experimentam em 17mil m² um novo formato de consumo, compensado por um audacioso projeto arquitetônico.

Além de concept stores de marcas já estabelecidas, o Bikini apresenta ainda 19 stands (o chamado Bikini Berlin Pool) para novos nomes, marcas e start ups apresentarem suas “novas ideias”. Tudo isso, além de experiências, eventos, exposições e workshops; afinal, inovação é grande constante do Bikini.

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A Gestalten, editora de  livros incríveis, também garantiu um espaço muito legal por lá, o Gestalten Pavilion, e nos meses quentes do ano, uma área enorme ao ar livre, com cafés e chilling areas deliciosas, ocupam o terraço do Concept Mall, com vista direta para o o Zoológico. Uma maravilha!

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E, finalmente, a primeira filial em Berlin da criativa e nada convencional cadeia de hotéis 25 Hours, que elaborou suas acomodações no estilo “urban jungle”, no ultimo andar. (Sim, por que a vista vale a pena e a decoração merece a visita, até para quem não se hospeda por lá!)

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Motivos de sobra para explorar este super oásis urbano, não é mesmo? E quem estiver por terras alemãs no final do ano, ainda pode se esbaldar na pista de patinação do gelo, que fica até fevereiro de 2016.

Wir wollen!

*Imagens de divulgação do site: www.bikiniberlin.de/en/home/

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29 de julho de 2015

:: (a) Américas | Acontece por aí | Art & Architecture | Brazil - Southeast Region | Dica do Viajante | Urbano

Se você ainda vê São Paulo como a “cidade dos arranha céus sem personalidade arquitetônica”, fique sabendo que o MASP (Museu de Artes de São Paulo) acaba de entrar na lista dos 10 edifícios mais bonitos do mundo, segundo a Condé Nast Traveler!

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Ao passar pela Avenida Paulista, muitas vezes, já nem notamos a ousadia dessa construção modernista que é a cara da cidade: quatro traves vermelhas sustentando um bloco de concreto quase suspenso, sob o qual se descortina uma excepcional paisagem urbana. Tem gente que gosta, outros nem tanto, mas o impacto que o prédio provoca é indiscutível!

O MASP foi inaugurado em 1947 por Assis Chateaubriand e Pietro Maria Bardi, marido de Lina Bo Bardi, com a ideia de armazenar cultura em um contêiner de arte e é um dos museus mais importantes do hemisfério Sul, com um acervo especial de mais de oito mil peças que incluem grandes nomes da pintura nacional e internacional.

Nada melhor que alimentar a alma com boas experiências, por isso não perca a chance de sentir-se um autêntico paulista, seja passeando pelo vão livre do espaço, visitando a feirinha que rola nos finais de semana ou conferindo todas as expos, palestras e eventos incríveis que o MASP promove, como a retrospectiva de Arte Francesa – que atravessa quase duzentos anos de produção artística na França – e que fica por lá até outubro.

Um privilégio! 🙂

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21 de julho de 2015

:: (a) Oceania | *Beach | *Urban | Acontece por aí | Adventure | Dica do Viajante | Natureza | Urbano

Uma das coisas mais legais na Matueté é quando alguém da nossa equipe volta de um destino cheio de dicas fresquinhas… e dessa vez foi a Luiza Vaz Moreira, uma de nossas gerentes internacionais, quem esteve pela Austrália e trouxe vários highlights na bagagem.

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Explorar Sydney, segundo a Lu, em um passeio de barco pelo Harbour Bay é um jeito incrível de babar pela melhor vista da cidade! As ilhas Lord Howe e Hamilton também não podem faltar para os que curtem um belo visual: praias de areia absurdamente branca, água cristalina e riquíssima biodiversidade. E a boa pedida em Melbourne – conhecida pela alta qualidade do Street Art e suas ruazinhas misteriosas -, é fazer o tour “Hidden Secrets of Melbourne”, que vasculha todos os cantinhos da cidade além dos restaurantes e lojas mais descoladas.

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Vale a pena conhecer a península Freycinet, na costa leste da Tasmânia. A dica gastronômica por lá fica por conta do Hotel Saffire, que promove uma experiência deliciosa numa fazenda de ostras, onde você mesmo escolhe e degusta acompanhado de uma boa taça de champagne! E para os Art Lovers, imperdível também é o MONA Museum: depois de um passeio de ferry bem animado, chega-se ao local – que é considerado bastante ousado por causa do acervo pra lá de original – e durante a visita eles fornecem um IPad  com vários detalhes e curiosidades. A Lu adorou!

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Se também ficou animado pra conhecer tudo que rola no Down Under, fale com a gente. 

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16 de julho de 2015

:: (a) Europa | *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Dica do Viajante | Urbano

Experiências inusitadas parecem mesmo ser a última tendência para viajantes destemidos que, assim como nós, adoram fugir da normalidade.

Um bom exemplo disso é o Urban Camping , um projeto inovador que acontece no verão de Amsterdã, até o final de agosto, e consiste numa exposição de arte ao ar livre na qual você também pode passar a noite. Já pensou?

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A ideia de viver a “experiência artística de dormir”, partiu da holandesa Annette van Driel e de uma associação de arquitetos, artistas e voluntários que criaram 12 instalações, cada qual com um conceito e uma maneira única de promover a interação do hóspede com o seu objeto durante a noite.

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Esta é a segunda edição do evento e pela primeira vez na praia de Blijburg, que fica em Ijburg, um bairro recém construído na cidade.

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Uma dica original pra quem está curtindo o verão europeu e quer voltar pra casa com uma boa história pra contar. 🙂

E aí, anima?

*Fotos do site: www.urbancampsiteamsterdam.com/en/
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17 de junho de 2015

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Todo destino tem ao menos um “tesouro arquitetônico” e um bom viajante sempre traz de volta pra casa suas referências favoritas.

Nós adoramos acompanhar as últimas tendências da arquitetura moderna (com shapes cada vez mais ousados, vanguardistas e impressionantes), por isso convidamos uma de nossas sócias (a.k.a. Design Lover) Anita Besson Moraes Abreu, para dividir os projetos que mais chamaram atenção em suas últimas viagens mundo afora.

Confira na galeria abaixo as construções mais incríveis segundo ela, e não esqueça de anotar suas pérolas também:

1. Heydar Aliyev Centre 

Esse é o museu que a renomada artista iraquiana Zaha Hadid, uma das favoritas da Anita, projetou e que se ergue imponente no meio dos edifícios que confirmam o passado ‘soviético’ da capital do Azerbaijão, Baku. Curvas, arcos, perspectivas… um espetáculo!

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2. Carpet Museum

Já que começamos em Baku, impossível não falar sobre o Carpet Museum, com um design desafiador e super criativo, que mais parece um tapete voador enrolado! O projeto é do austríaco Franz Janz e o museu é considerado  Património Cultural  da Humanidade pela UNESCO. Demais, não é mesmo?

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3. Musée des Civilisations d’Europe et de Méditerranée 

Em Marseille, na França, o Museu das Civilizações é obra do arquiteto Rudy Ricciotti e a fachada parece uma enorme tela rendada. Fica localizado na entrada do antigo porto, uma área que foi toda revitalizada recentemente. Inesquecível!

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4. L’Ombriere 

Também em Marseille e projetado por Norman Foster, essa fantástica estrutura fica no porto da cidade, bem onde funcionava o antigo mercado da cidade. Se tornou um espelho d’agua enorme que reflete as pessoas que passam por ali, os barcos…. basta olhar para cima e apreciar o movimento.

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5. Louis Vuitton Fondation

E na lista da Anita não poderia faltar um bom representante em Paris, claro! A Fundação Louis Vuitton, do famoso arquiteto Frank Gehry mais parece um intrincado jogo de curvas e sobreposições, como um barco gigante, navegando no meio do Parque Bois de Boulogne. Superbe!

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6. Bio Museum 

Outra obra prima da arquitetura é o novo Museu da Biodiversidade no Panamá, também idealizado por Frank Gehry. Divertido e genial!

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7.  Teshima Museum

E a surpresa das nossas sugestões é o Teshima Museum, no Japão, obra do celebrado arquiteto Ryue Nishizawa e que a Anita, por sinal, ainda não conhece…. mas, só por enquanto. 🙂

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10 de junho de 2015

:: *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Brazil - Southeast Region | By Matueté | Sem categoria | Top 5 | Urbano

Pode até parecer que São Paulo tenha se tornado a queridinha do Street Art mundial do dia pra noite, mas esse reconhecimento é fruto de muita persistência e audácia de vários entusiastas urbanos que, há anos, investem em arte criativa e fazem da cidade um celeiro de artistas descolados e galerias bacanas (bacanas mesmo!), comparáveis a Berlin, Tóquio e Los Angeles.

Os bairros Jardins e Pinheiros ainda dominam esse mercado, mas basta dar uma voltinha pelo Cambuci, Glicério ou pelo Centro da cidade, para ver cada vez mais espaços em prédios antigos, que renovam constantemente sua programação, com workshops, palestras, saraus e até pocket shows, para se tornarem ainda mais atraentes e completos.

Como adoramos o tema, decidimos listar 11 galerias imperdíveis na cidade. Pra curtir e inspirar!

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A A7MA (pronuncia-se A-sétima) fica num ponto estratégico da Vila Madalena, justo em frente ao Beco do Batman (a meca do graffiti brasileiro) e virou referência, com quartos recheados de obras de artistas emergentes, staff simpático e preços honestos. Todas as quartas-feiras acontecem o já consagrado Sarau do Burro, com performances incríveis, e aos sábados sempre tem alguma expo de qualidade ou um agito interessante!

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2. King Cap

A King Cap começou como uma graffiti shop (a primeira fora do centro de SP) vendendo latas de spray, canetões para tags e camisetas importadas. Hoje, conta com um espaço no andar de cima que abriga algumas das melhores exposições da cidade, sempre impécáveis! Vale a pena conhecer e dar uma folheada nos livros e revistas que eles tem por lá. O Instagram da loja também é bem bacana 🙂

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3. Tag Gallery

Ocupando um espaço no centro histórico da cidade, a Tag Gallery deriva do antigo Tag and Juice, que era um mix de galeria e loja para bikes fixed gear. Com curadoria de Billy Castilho, se dedica ao desenvolvimento da Street Art e sua conexão com artistas de todo o mundo. As vernissages são animadas e a vista do prédio é bem especial, a cara de SP.

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4. Overground Art Studio Gallery

Próximo à Pinacoteca de São Paulo, está o criativo estúdio que tem como conceito apresentar artistas ousados e pichadores veteranos. Sob a tutela de Zezão (celebrado artista que desenha nos esgotos dos maiores centros urbanos do planeta), a galeria tem uma linguagem underground bem vanguardista. Pra sair do óbvio…

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5. Pivô

Em pleno edifício Copan (do mestre Oscar Niemeyer), o PIVÔ é uma associação cultural sem fins lucrativos que promove atividades de experimentação no campo da arte, arquitetura, urbanismo e outras manifestações contemporâneas. A programação contempla exposições, intervenções, cursos, debates e palestras, alternando projetos de concepção e produção própria. Para quem gosta de fotografar,  a locação é bem linda!

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6. Galeria Gravura Brasileira

Fundada em 1998, essa casinha rústica nasceu com a proposta de mostrar a gravura histórica e contemporânea em toda a sua diversidade, com exposições temporárias e um acervo belíssimo. A galeria diz ser o único espaço de exposições no país dedicado somente à gravura, com mais de cem exposições realizadas nos últimos 10 anos. Um clássico!

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7. Choque Cultural

A Choque Cultural foi a grande pioneira dessa febre do Street Art paulistano, e foi palco de exposições épicas de artistas renomados como Gêmeos, Coletivo Bijari Speto ainda no final dos anos 90. O núcleo de artistas representados pela galeria ainda é um dos mais poderosos do país. Não deixe de passar por lá e confira a fachada que vai se transformando a cada temporada. Respeito total!

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8. White Cube

Filial da famosa galeria de Londres, a White Cube desembarcou em São Paulo para expandir o cenário da arte contemporânea em meados de 2012 e ainda se mantém fresca e original. Instalada num antigo depósito, traz vários artistas internacionais para expor com frequência. Avant Garde!

A fachada da White Cube

 

9. Doc Galeria

Essa é para os amantes de fotografia, como nós! (E não estamos falando de Instagram) A galeria, que também funciona como escritório, está focada no que é captado por lentes alheias, com propostas pra lá de interessantes. Além das expos, o espaço também realiza oficinas e encontros para debater Arte fotográfica.

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10. Casa Triângulo

Desde 1988, a Casa Triângulo é uma das galerias brasileiras mais importantes e respeitadas da cena de arte contemporânea, e se destaca por desempenhar um papel crucial na construção e consolidação de carreiras de vários artistas relevantes na história recente da arte brasileira, como o grafiteiro Nunca, por exemplo. Um must see pra quem curte arte!

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11. Museu aberto de Arte Urbana

E, como não poderia deixar de ser, temos um representante definitivamente urbano: o Museu aberto é formado por 66 pilastras de sustentação da linha Azul do metrô, e ficam na Avenida Cruzeiro do Sul. Pintados por 58 grandes nomes do Graffiti, a iniciativa do projeto surgiu quando 11 deles tentavam pintar essas mesmas pilastras e acabaram presos pela polícia. Após solucionarem a questão, amadureceram a ideia, foram atrás da regularização fiscal e ainda ganharam o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, que bancou todas as latas de spray! É só chegar…

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12 de fevereiro de 2014

:: (a) Europa | Dica do Viajante | Urbano

Não é brincadeira: um dos mais modernos cinemas da Europa fica dentro de um hotel!

O Le Royal Monceau, em Paris, é um desses hotéis que amamos e nos questionamos quantos anos, ou décadas, foram precisos para que pudessem pensar em tantos detalhes. Tudo tem motivo e pequenas coisas surpreendem por todos os lados – imagina que até os quadros pendurados em assimetria às paredes estão desta maneira para transmitir a essência do projeto de Philippe Starck.

Pois bem, é nele que fica uma sala de cinema 3D, com a mais nova tecnologia e apenas 99 assentos, aberta para sessões de domingo no maior estilo. A ideia do “Sunday Night Film Club” é encerrar o final de semana parisiense assistindo à clássicos na telona, com direito a Champagne Moët & Chandon e pipocas caramelizadas de Pierre Hermé Paris! E, se quiser esticar o programa, é possível incluir neste “ingresso” um jantar no estrelado restaurante do hotel, o La Cuisine!

Confira a programação para os próximos domingos abaixo e, se quiser mais informações e preços, clique aqui.

February 2014:
February 16: The Hangover
February 23: Notting Hill

March 2014:
March 2: West Side Story
March 9: Breakfast at Tiffany’s
March 16: Titanic 3D
March 23: Casino
March 30: Ocean’s 11

April 2014:
April 6: Pretty Woman
April 13: The Thomas Crown Affair
April 20: Some Like it Hot
April 27: Scarface

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