Matueté Blog
19 de junho de 2015

:: (a) Américas | *Beach | Hospitality | Natureza

Quem assistiu a pelo menos um dos filmes sobre o agente 007, já deve saber que James Bond foi concebido pelo escritor inglês Ian Fleming, que também integrava a inteligência naval do Reino Unido e tinha sua base em uma Villa na Jamaica, onde escreveu os 14 romances sobre Bond. Mas o que poucos sabem é que hoje essa Villa faz parte de um dos mais charmosos HOTÉIS do Caribe, o GoldenEye.

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Essas e outras curiosidades sobre a obra de Fleming estão na biografia feita por Matthew Parker: GoldenEye: Where Bond was Born e, para comemorar esse lançamento, o hotel preparou um programa de 4 noites de hospedagem bem especiais, incluindo mergulho de snorkel pelos recifes, pesca nas tradicionais canoas de madeira, um encontro emocionante com Ramsey Dacosta (jardineiro de Ian Fleming que ainda trabalha no local!), um passeio pela noite jamaicana e ainda há a opção de ficar na Fleming Villa (foto), antiga casa do britânico. Uma imersão no mínimo inusitada para os fãs de 007. 🙂

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17 de junho de 2015

:: *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Dica do Viajante | Top 5 | Urbano

Todo destino tem ao menos um “tesouro arquitetônico” e um bom viajante sempre traz de volta pra casa suas referências favoritas.

Nós adoramos acompanhar as últimas tendências da arquitetura moderna (com shapes cada vez mais ousados, vanguardistas e impressionantes), por isso convidamos uma de nossas sócias (a.k.a. Design Lover) Anita Besson Moraes Abreu, para dividir os projetos que mais chamaram atenção em suas últimas viagens mundo afora.

Confira na galeria abaixo as construções mais incríveis segundo ela, e não esqueça de anotar suas pérolas também:

1. Heydar Aliyev Centre 

Esse é o museu que a renomada artista iraquiana Zaha Hadid, uma das favoritas da Anita, projetou e que se ergue imponente no meio dos edifícios que confirmam o passado ‘soviético’ da capital do Azerbaijão, Baku. Curvas, arcos, perspectivas… um espetáculo!

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2. Carpet Museum

Já que começamos em Baku, impossível não falar sobre o Carpet Museum, com um design desafiador e super criativo, que mais parece um tapete voador enrolado! O projeto é do austríaco Franz Janz e o museu é considerado  Património Cultural  da Humanidade pela UNESCO. Demais, não é mesmo?

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3. Musée des Civilisations d’Europe et de Méditerranée 

Em Marseille, na França, o Museu das Civilizações é obra do arquiteto Rudy Ricciotti e a fachada parece uma enorme tela rendada. Fica localizado na entrada do antigo porto, uma área que foi toda revitalizada recentemente. Inesquecível!

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4. L’Ombriere 

Também em Marseille e projetado por Norman Foster, essa fantástica estrutura fica no porto da cidade, bem onde funcionava o antigo mercado da cidade. Se tornou um espelho d’agua enorme que reflete as pessoas que passam por ali, os barcos…. basta olhar para cima e apreciar o movimento.

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5. Louis Vuitton Fondation

E na lista da Anita não poderia faltar um bom representante em Paris, claro! A Fundação Louis Vuitton, do famoso arquiteto Frank Gehry mais parece um intrincado jogo de curvas e sobreposições, como um barco gigante, navegando no meio do Parque Bois de Boulogne. Superbe!

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6. Bio Museum 

Outra obra prima da arquitetura é o novo Museu da Biodiversidade no Panamá, também idealizado por Frank Gehry. Divertido e genial!

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7.  Teshima Museum

E a surpresa das nossas sugestões é o Teshima Museum, no Japão, obra do celebrado arquiteto Ryue Nishizawa e que a Anita, por sinal, ainda não conhece…. mas, só por enquanto. 🙂

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10 de junho de 2015

:: *Urban | Acontece por aí | Art & Architecture | Brazil - Southeast Region | By Matueté | Sem categoria | Top 5 | Urbano

Pode até parecer que São Paulo tenha se tornado a queridinha do Street Art mundial do dia pra noite, mas esse reconhecimento é fruto de muita persistência e audácia de vários entusiastas urbanos que, há anos, investem em arte criativa e fazem da cidade um celeiro de artistas descolados e galerias bacanas (bacanas mesmo!), comparáveis a Berlin, Tóquio e Los Angeles.

Os bairros Jardins e Pinheiros ainda dominam esse mercado, mas basta dar uma voltinha pelo Cambuci, Glicério ou pelo Centro da cidade, para ver cada vez mais espaços em prédios antigos, que renovam constantemente sua programação, com workshops, palestras, saraus e até pocket shows, para se tornarem ainda mais atraentes e completos.

Como adoramos o tema, decidimos listar 11 galerias imperdíveis na cidade. Pra curtir e inspirar!

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A A7MA (pronuncia-se A-sétima) fica num ponto estratégico da Vila Madalena, justo em frente ao Beco do Batman (a meca do graffiti brasileiro) e virou referência, com quartos recheados de obras de artistas emergentes, staff simpático e preços honestos. Todas as quartas-feiras acontecem o já consagrado Sarau do Burro, com performances incríveis, e aos sábados sempre tem alguma expo de qualidade ou um agito interessante!

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2. King Cap

A King Cap começou como uma graffiti shop (a primeira fora do centro de SP) vendendo latas de spray, canetões para tags e camisetas importadas. Hoje, conta com um espaço no andar de cima que abriga algumas das melhores exposições da cidade, sempre impécáveis! Vale a pena conhecer e dar uma folheada nos livros e revistas que eles tem por lá. O Instagram da loja também é bem bacana 🙂

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3. Tag Gallery

Ocupando um espaço no centro histórico da cidade, a Tag Gallery deriva do antigo Tag and Juice, que era um mix de galeria e loja para bikes fixed gear. Com curadoria de Billy Castilho, se dedica ao desenvolvimento da Street Art e sua conexão com artistas de todo o mundo. As vernissages são animadas e a vista do prédio é bem especial, a cara de SP.

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4. Overground Art Studio Gallery

Próximo à Pinacoteca de São Paulo, está o criativo estúdio que tem como conceito apresentar artistas ousados e pichadores veteranos. Sob a tutela de Zezão (celebrado artista que desenha nos esgotos dos maiores centros urbanos do planeta), a galeria tem uma linguagem underground bem vanguardista. Pra sair do óbvio…

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5. Pivô

Em pleno edifício Copan (do mestre Oscar Niemeyer), o PIVÔ é uma associação cultural sem fins lucrativos que promove atividades de experimentação no campo da arte, arquitetura, urbanismo e outras manifestações contemporâneas. A programação contempla exposições, intervenções, cursos, debates e palestras, alternando projetos de concepção e produção própria. Para quem gosta de fotografar,  a locação é bem linda!

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6. Galeria Gravura Brasileira

Fundada em 1998, essa casinha rústica nasceu com a proposta de mostrar a gravura histórica e contemporânea em toda a sua diversidade, com exposições temporárias e um acervo belíssimo. A galeria diz ser o único espaço de exposições no país dedicado somente à gravura, com mais de cem exposições realizadas nos últimos 10 anos. Um clássico!

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7. Choque Cultural

A Choque Cultural foi a grande pioneira dessa febre do Street Art paulistano, e foi palco de exposições épicas de artistas renomados como Gêmeos, Coletivo Bijari Speto ainda no final dos anos 90. O núcleo de artistas representados pela galeria ainda é um dos mais poderosos do país. Não deixe de passar por lá e confira a fachada que vai se transformando a cada temporada. Respeito total!

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8. White Cube

Filial da famosa galeria de Londres, a White Cube desembarcou em São Paulo para expandir o cenário da arte contemporânea em meados de 2012 e ainda se mantém fresca e original. Instalada num antigo depósito, traz vários artistas internacionais para expor com frequência. Avant Garde!

A fachada da White Cube

 

9. Doc Galeria

Essa é para os amantes de fotografia, como nós! (E não estamos falando de Instagram) A galeria, que também funciona como escritório, está focada no que é captado por lentes alheias, com propostas pra lá de interessantes. Além das expos, o espaço também realiza oficinas e encontros para debater Arte fotográfica.

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10. Casa Triângulo

Desde 1988, a Casa Triângulo é uma das galerias brasileiras mais importantes e respeitadas da cena de arte contemporânea, e se destaca por desempenhar um papel crucial na construção e consolidação de carreiras de vários artistas relevantes na história recente da arte brasileira, como o grafiteiro Nunca, por exemplo. Um must see pra quem curte arte!

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11. Museu aberto de Arte Urbana

E, como não poderia deixar de ser, temos um representante definitivamente urbano: o Museu aberto é formado por 66 pilastras de sustentação da linha Azul do metrô, e ficam na Avenida Cruzeiro do Sul. Pintados por 58 grandes nomes do Graffiti, a iniciativa do projeto surgiu quando 11 deles tentavam pintar essas mesmas pilastras e acabaram presos pela polícia. Após solucionarem a questão, amadureceram a ideia, foram atrás da regularização fiscal e ainda ganharam o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, que bancou todas as latas de spray! É só chegar…

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5 de junho de 2015

:: Dica do Viajante | Top 5

Viagens especiais merecem ser lembradas para sempre, não é mesmo? E viajantes dedicados, cada vez mais, montam em suas casas memoriais com pequenas recordações dos países visitados. Pode soar demodé, mas é bem divertido e vale tudo: de colheres de café, até bottons e garrafas de licor. Nós também curtimos essa ideia e resolvemos numerar nossos mimos favoritos para perpetuar nossas melhores aventuras. Junte-se a nós!

Qual deles sempre tem espaço garantido na sua mala?

1. Postais

Eles são fofos, fáceis de serem encontrados, baratinhos, não pesam nada e todo mundo adora! Então, da próxima vez que estiver viajando e for enviar um postal pra alguém, não esqueça de incluir um bem lindo pra montar seu próprio mural.

2. Camisetas

Não é nossa intenção promover um revival dos anos 80, mas camisetas sempre serão ótimos souvenirs. Além de anunciarem aos quatro ventos por onde você já esteve, são uma ótima desculpa para começar um bate papo e valorizam naturalmente seu status de viajante. Vista e invista! Because We Love Paris, London, Hong Kong, Amsterdam….

3. Canecas

Nada melhor que um café gostoso para começar o dia com o astral lá em cima. E melhor ainda quando vem numa embalagem atrativa, nostálgica e divertida. Canecas são unânimes, todos temos aquela preferida, meio desgastada pelo tempo, mas que faz toda a diferença na hora de saciar nosso desejo matinal. Não duvide, canecas são sucesso garantido!

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4. Imãs de Geladeira

Quer personalizar a casa e não sabe por onde começar? Nós sabemos: a geladeira! Há décadas elas reinam absolutas como suporte de recordações de viagem; um mural de destinos conquistados. E que assim se mantenha 🙂

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5. Chocolates

Eles tem curta durabilidade (muitas vezes até nem conseguem chegar à salvo de volta pra casa), mas unem nostalgia e satisfação imediata. Sim, falamos de chocolate, essas maravilhas comestíveis! Cada país tem pelo menos um bom representante à altura. Argentina, Londres, França, Suíça… (hum Suíça, te amamos mais do que nunca por isso). Quer ser bem recebido quando voltar de viagem? Fácil; leve chocolates.

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6. Bebidas típicas

Todo destino tem uma bebida característica, imperdível e especial. A tequila mexicana, o pisco peruano, uma boa cerveja escura alemã, a cachaça brasileira…. e por aí vai. As embalagens muitas vezes são inusitadas, impressionam e são ótimas para decorar o bar ou adega. Satisfação garantida e, muito melhor, se compartilhada.

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7. Colheres de Café

Elas foram uma febre há alguns anos atrás, consumidas especialmente por mulheres, que tinham muito orgulho em exibir seu “mapa mundi” de colheres de café nas mesas de centro da sala. E são tão fofas e delicadas que a tendência de colecioná-las começa a se propagar novamente. Ótimo resgate!

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8. Mapas

Eles têm esse valor ancestral agregado, como se representassem uma “caça ao tesouro” aos highlights de cada lugar. Pode ser o plano do metro de Londres, as atrações destacadas do Louvre ou até o guia da Disney, mas mapas garantem boas recordações, especialmente quando se explora um lugar caminhando. E ficam lindinhos emoldurados….

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9. Chaveiros

Abre-te Sésamo, mas em grande estilo! Eles podem até parecer um pouco cafonas, mas temos certeza que é um dos itens mais lembrados quando pensamos em lembrancinhas de viagens. E seguirão firmes e fortes também na nossa lista.

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10. Miniaturas

Todo país tem um símbolo representado docemente em forma de miniatura. A dançarina espanhola, o buda tibetano, a matrioska russa, as pequenas bonecas peruanas protetoras dos sonhos, o gato da sorte chinês, e como não lembrar a clássica mini Eiffel Tower. Sim, também queremos todos eles no nosso santuário kitsch de recordações de viagens 🙂

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21 de maio de 2015

:: (a) Américas | Adventure | Brazil - Northeast Region | By Matueté | Dica do Viajante | Matueté on the road | Natureza | Produções Matueté

Olá,

Das inúmeras viagens que fiz aos Lençóis Maranhenses, uma foi especialmente gratificante. Quando a Matueté identificou que precisávamos criar uma nova proposta de itinerário, diferente do que era sugerido por todas as agências naquele momento, abracei o desafio e me mandei para lá.

DSC_0099  – Sobrevoo no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses –

E eu tinha um grande objetivo: criar um roteiro por esse lugar incrível, sem depender de Barreirinhas, a principal porta de entrada da região e já muito desgastada pelo turismo de massa. Nada fácil, mas este tipo de questionamento, buscando sempre o autêntico, transforma nossa maneira de produzir roteiros até hoje.

Lençóis tem uma natureza única, em constante mutação. Não existe nada comparável a essa paisagem transgressora, absolutamente inconcebível em qualquer outro lugar do mundo. Talvez algum deserto africano, só que ao avesso, já que água doce é algo nada raro nesta parte do Brasil!

12– Olhando assim, até parece um deserto –

Hoje, algum tempo depois daquela viagem que modificou absolutamente tudo, é bom lembrar dos highlights. O ponto de partida foi São Luís do Maranhão; um pernoite tranquilo para garantir total disposição nos próximos dias…

sl– Entardecer no centro histórico de São Luís  –

O plano era bastante simples: entrar nos Lençóis pela porta dos fundos, aquela que geralmente os turistas nem sabem que existe. E assim, parti de carro rumo ao município de Humberto de Camposde onde saí numa voadeira pelo Rio Alegre – um rio despretensioso, esquecido pelo tempo, margeando mangues, buritizais e que não dá a dimensão do que acontece a seguir.

IMG_6724– A veloz e prática Voadeira (muito prazer!) –

De repente, ao fazer uma curva de rio me deparei com uma cena de tirar o folego – uma gigantesca duna de areia, a magnífica Ponta América. Tive ali a sensação de que meu plano ia dar certo!

bb– Imensidão de dunas-

O pequeno vilarejo de Santo Amaro, onde desembarquei, correspondeu totalmente a minha expectativa. Apesar de hotéis muito simples, encontrei um lugar extremamente hospitaleiro e ainda pouco corrompido por um turismo descompromissado.

Nos dias seguintes explorei as incríveis lagoas desta região (algumas podem chegar a 8 metros de profundidade) e levei um susto: eram ainda mais bonitas que as lagoas próximas a Barreirinhas. Parecia incrível que esse lugar era ainda tão pouco visitado! Sabia que com alguns toques especiais, que a Matueté se especializou em produzir ao longos dos anos, a rusticidade dos hotéis podia tranquilamente ser superada. Os cenários para picnics e jantares a luz de velas, eram perfeitos.  

Imagem 130– Jantar a luz de velas nas dunas –

De Santo Amaro, passei rapidamente por Barreirinhas para confirmar aquilo que já sabia: não valia a pena passar muito tempo por lá, e logo embarquei numa voadeira para subir o Rio Preguiças em direção ao mar.

b– Barreirinhas: um oásis de água fresca e dunas macias… a ser compartilhado entre muita gente –

Descobri os vilarejos encantadores de Atins e Caburéonde as dunas encontram o mar e que hoje estão virando um ‘point’ de kitesurf. De lá, atravessei de quadriciclo para Paulino Neves, um outro interessante vilarejo, já próximo do fascinante Delta do Rio Parnaíba, e ponto de parada ideal para quem pretende esticar o roteiro e ir até Jericoacoara de jipe, já no Ceará.

DSC_0020 – A atmosfera de Atins –

E o que guardo dessa viagem de inspeção?  A certeza que para desenvolver roteiros verdadeiramente inovadores, é necessário olhar além do óbvio, e não acreditar que o mais confortável é necessariamente melhor.

DSC_0177–  o surrealismo de Caburé –

Lençóis Maranhenses é um destino que todos deveriam conhecer, especialmente os mais desprendidos, em busca de uma experiência transformadora, numa paisagem inigualável, que rompe os parâmetros naturais e sociais com os quais já estamos tão acostumados.

Onde mais encontrar a plenitude na simplicidade? Eu tenho certeza que o verdadeiro luxo mora nos Lençóis Maranhenses…

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Espero que este relato seja uma inspiração para outras viagens fantásticas por aí.

Um forte abraço,

Bobby Betenson

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