Em sua última ida a Paris, Anita Besson visitou o Grand Palais e encheu os olhos com o trabalho do francês Daniel Buren para a Monumenta 2012 – exposição em que anualmente um artista é convidado, e desafiado, a ocupar os 13.500 m² do espaço inaugurado em 1900 na Cidade Luz.
“O bacana dessa montagem da Monumenta é que a obra fica super integrada com o lugar. O artista fez com que a entrada principal da exposição fosse pela porta lateral, para que o elemento surpresa surgisse aos poucos”, conta Anita, que se impressionou com os filtros coloridos usados na obra do artista, conhecido por suas famosas colunas bicolores instaladas no pátio do Palais Royal. “Passear por baixo desses círculos dá a sensação de estar com lentes coloridas nos olhos. Além disso, a cada momento do dia, a luz bate de uma forma diferente e as sombras da cúpula colorida na estrutura do Grand Palais parecem dançar!”
Diferente do conceito apresentado por Buren com a obra “Excentrique(s), travail in situ”, o indiano naturalizado inglês Anish Kapoor apostou no gigantismo das formas para a Monumenta 2011, instalando uma escultura inflável formada por três esferas conectadas que, unidas a um quarto corpo, criavam uma enorme câmara vermelha. “Na obra de Kapoor você tinha a sensação de entrar no ventre de uma baleia”, comenta Anita, que também visitou a obra de Kapoor no ano passado.
Para quem não viu, e que ver, a Monumenta 2012 ocupa o Grand Palais até 21 de junho.