A Guatemala é um país incrível, ainda fora do radar das massas, e que oferece um pouco de tudo: cidades coloniais, ruínas Mayas, natureza rica.
No último Réveillon, organizamos por lá um roteiro especial para uma cliente querida.
Ela voltou tão encantada que pedimos que contasse um pouco do que viu e a maravilhou. Delicie-se com o relato abaixo.
Chegamos em Guatemala City no dia 27 de dezembro e fomos recebidos pela Annie, guia que nos acompanhou quase a viagem toda. É preciso registrar que ela foi mais que uma guia, foi uma amiga que ganhamos para a vida. Realmente, ela é muito especial.
No dia seguinte, partimos rumo ao Lago Atitlán, parando em Iximche, Annie parou em uma cafeteria para termos nossa primeira experiência com o café guatemalteco, que foi repetida muitas vezes depois.
Aprendemos bastante sobre a técnica do cultivo do café na sombra e os diversos processos de extração da bebida.
Tivemos o primeiro contato com Guatemala City, que nos causou uma ótima impressão.
Curtimos bastante os ônibus locais que são super típicos!
Iximche foi uma ótima surpresa, porque esperávamos algo pequeno e mais desgastado.
Na realidade, são ruínas de uma pequena cidade bem conservada.
Lá recebemos as primeiras explicações sobre a civilização Maya e pudemos testemunhar os rituais feitos pelos habitantes locais. Chegamos ao Lago Atitlán no fim do dia e fomos direto para o Hotel Casa Palopó. O hotel é muito charmoso e tem uma vista incrível para o lago. No dia seguinte, partimos de barco rumo aos vilarejos.
Começamos por San Juan, que é muito típico. Conhecemos a mais tradicional forma de tecelagem do algodão e apreciamos o artesanato local, especialmente as pinturas.
Na sequência fomos para Santiago, onde almoçamos e circulamos de tuk-tuk pelo vilarejo. Fomos conhecer a cultura local, inclusive o famoso Maximon, um “boneco-entidade” muito estranho.
No dia seguinte, Annie nos levou para Chichicastenango para conhecermos o tão famoso mercado e a igreja onde foram encontrados os manuscritos Mayas traduzidos por um padre católico. Ali imergimos realmente na cultura da Guatemala.
O mercado é caótico, mas organizado ao mesmo tempo. Uma profusão de cores e pessoas cria uma atmosfera mágica e lindíssima. Realmente, valeu muito a pena ter ido.
Chegamos em Antigua no fim da tarde e ficamos deslumbrados com essa cidade que lembra Paraty, mas é maior e muito bem conservada. A cidade é rodeada pelos vulcões, toda colorida. Não existem prédios, portanto a vista é maravilhosa em qualquer lugar. Há vários pontos turísticos interessantes, como o famoso arco, a catedral (e sua impressionante ruína), conventos, praças, igrejas e o museu do jade.
No último dia do ano, fizemos o trekking no Vulcão Pacaya, uma experiência fascinante, com direito à marshmallows feitos no calor da Terra. À noite, fomos para a praça principal da cidade onde as pessoas soltavam pequenos balões (globos del deseo) para fazerem pedidos de ano novo. Foi muito interessante testemunhar as tradições locais. Voltamos ao hotel para a ceia e o brinde da meia-noite no rooftop.
o dia seguinte, partimos rumo a Flores. Chegando lá, fomos direto para o Hotel Las Lagunas, que é maravilhoso!
A partir desse momento, a viagem que já estava sensacional superou (e muito) as nossas expectativas. El Mirador era um sonho para mim.
Eu imaginava que o passeio de helicóptero se limitaria ao sobrevôo de uma pirâmide, mas foi muito mais do que esperava. Pousamos em uma clareira no meio da floresta e, com a companhia de um guia local, passamos 4h30 explorando todo o complexo, testemunhando o trabalho dos arqueólogos e com total exclusividade. Foi realmente uma experiência transformadora, que no dia seguinte se completaria.
No penúltimo dia da viagem, fomos para Tikal. De novo, eu achava que o sítio arqueológico se restringia à praça com as duas pirâmides afinal, essa é a imagem que costuma ser divulgada. Porém, Tikal é uma verdadeira cidade. El Mirador é ainda maior, mas está coberta pela vegetação. Tikal está exposta e pudemos ver todas as ruínas. Ao final do dia, completamos todo o período da civilização Maya: El Mirador (pré-clássico), Tikal (clássico) e Iximche (pós-clássico).Voltamos experts!
O último dia foi reservado para Guatemala City. Confesso que esperávamos uma cidade muito pobre, mas fomos surpreendidos por uma cidade limpa e arborizada, com traços espanhóis mais recentes e um povo bastante hospitaleiro.
Foi muito triste deixar a Guatemala, porque queríamos ficar mais tempo nesse país incrível. Como voltamos do Peru recentemente, a comparação foi inevitável.
Guatemala é monumental, com ruínas muito mais impactantes. Como downside, podemos citar apenas que a gastronomia não é tão sofisticada quanto a peruana e o artesanato é bem rústico. A tecelagem faz parte da cultura local e vale a pena conhecer os huipil, lindíssimos e super coloridos.
Esperamos que esse relato, honestamente apaixonado, possa convencer as pessoas de que a Guatemala é sensacional e subestimada. Torcemos para que o país receba mais turistas (e consequentemente mais divisas), mas principalmente que os futuros visitantes respeitem o povo tão hospitaleiro, que está tentando se recompor após a guerra civil que durou anos.
Gostou? Adoraremos desenhar um roteiro especial também para você neste pais.
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