Em 2015 aproveitei para explorar a costa do Dendê, entre a foz do Rio Jaguaripe e a Baía de Camamu, na Bahia.
Conheci praias lindas nos arredores de Itacaré, emolduradas por morros cobertos de Mata Atlântica. Adorei as lagoas na península de Maraú! Na maré baixa formam-se várias piscinas naturais, lotadas de peixes. Aliás, é importante consultar diariamente a tábua de marés porque as paisagens se transformam completamente com as mudanças da lua.
Visitei também as ilhas fantásticas na Baía de Camamu, de todos os tamanhos, com prainhas, florestas e manguezais ainda bem preservados. Fiquei hospedada noTxai em Itacaré e na Casa dos Arandis em Maraú.
Visitei também o instituto Inhotim, em Brumadinho, para conhecer as novas galerias e a botânica que não via desde 2011. Todo mundo vai com expectativas altíssimas e ainda assim consegue sair maravilhado.
A visita a Inhotim é indescritível! Você pode até achar que já viu isso antes – um jardim de esculturas, um museu dentro de um parque – mas a dimensão do lugar e a relação das obras com o espaço, fazem da visita uma experiência singular.
Meus planos para 2016 são conhecer osLençóis Maranhenses e quem sabe a Chapada dos Veadeiros.
Escondida em uma península noSul da Bahia, Caraíva é o destino perfeito para quem busca paz, sossego e um visual paradisíaco. E temos uma Villa deliciosa por lá, pé na areia, super preservada e que une a simplicidade da vida baiana com muito charme e conforto.
A Villa 1 tem 07 quartos espaçosos, bem arejados e com vistas incríveis, ideal pra juntar a família ou um grupo de amigos.
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Das inúmeras viagens que fiz aos Lençóis Maranhenses, uma foi especialmente gratificante. Quando a Matueté identificou que precisávamos criar uma nova proposta de itinerário, diferente do que era sugerido por todas as agências naquele momento, abracei o desafio e me mandei para lá.
– Sobrevoo no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses –
E eu tinha um grande objetivo: criar um roteiro por esse lugar incrível, sem depender de Barreirinhas, a principal porta de entrada da região e já muito desgastada pelo turismo de massa. Nada fácil, mas este tipo de questionamento, buscando sempre o autêntico, transforma nossa maneira de produzir roteiros até hoje.
Lençóis tem uma natureza única, em constante mutação. Não existe nada comparável a essa paisagem transgressora, absolutamente inconcebível em qualquer outro lugar do mundo. Talvez algum deserto africano, só que ao avesso, já que água doce é algo nada raro nesta parte do Brasil!
– Olhando assim, até parece um deserto –
Hoje, algum tempo depois daquela viagem que modificou absolutamente tudo, é bom lembrar dos highlights. O ponto de partida foi São Luís do Maranhão; um pernoite tranquilo para garantir total disposição nos próximos dias…
– Entardecer no centro histórico de São Luís –
O plano era bastante simples: entrar nos Lençóis pela porta dos fundos, aquela que geralmente os turistas nem sabem que existe. E assim, parti de carro rumo ao município de Humberto de Campos, de onde saí numa voadeira pelo Rio Alegre – um rio despretensioso, esquecido pelo tempo, margeando mangues, buritizais e que não dá a dimensão do que acontece a seguir.
– A veloz e prática Voadeira (muito prazer!) –
De repente, ao fazer uma curva de rio me deparei com uma cena de tirar o folego – uma gigantesca duna de areia, a magnífica Ponta América. Tive ali a sensação de que meu plano ia dar certo!
– Imensidão de dunas-
O pequeno vilarejo de Santo Amaro, onde desembarquei, correspondeu totalmente a minha expectativa. Apesar de hotéis muito simples, encontrei um lugar extremamente hospitaleiro e ainda pouco corrompido por um turismo descompromissado.
Nos dias seguintes explorei as incríveis lagoas desta região (algumas podem chegar a 8 metros de profundidade) e levei um susto: eram ainda mais bonitas que as lagoas próximas a Barreirinhas. Parecia incrível que esse lugar era ainda tão pouco visitado! Sabia que com alguns toques especiais, que a Matueté se especializou em produzir ao longos dos anos, a rusticidade dos hotéis podia tranquilamente ser superada. Os cenários para picnics e jantares a luz de velas, eram perfeitos.
– Jantar a luz de velas nas dunas –
De Santo Amaro, passei rapidamente por Barreirinhas para confirmar aquilo que já sabia: não valia a pena passar muito tempo por lá, e logo embarquei numa voadeira para subir o Rio Preguiças em direção ao mar.
– Barreirinhas: um oásis de água fresca e dunas macias… a ser compartilhado entre muita gente –
Descobri os vilarejos encantadores de Atins e Caburé, onde as dunas encontram o mar e que hoje estão virando um ‘point’ de kitesurf. De lá, atravessei de quadriciclo para Paulino Neves, um outro interessante vilarejo, já próximo do fascinante Delta do Rio Parnaíba, e ponto de parada ideal para quem pretende esticar o roteiro e ir até Jericoacoara de jipe, já no Ceará.
– A atmosfera de Atins –
E o que guardo dessa viagem de inspeção? A certeza que para desenvolver roteiros verdadeiramente inovadores, é necessário olhar além do óbvio, e não acreditar que o mais confortável é necessariamente melhor.
– o surrealismo de Caburé –
Lençóis Maranhenses é um destino que todos deveriam conhecer, especialmente os mais desprendidos, em busca de uma experiência transformadora, numa paisagem inigualável, que rompe os parâmetros naturais e sociais com os quais já estamos tão acostumados.
Onde mais encontrar a plenitude na simplicidade? Eu tenho certeza que o verdadeiro luxo mora nos Lençóis Maranhenses…
Espero que este relato seja uma inspiração para outras viagens fantásticas por aí.