Dia 6 – Os Búfalos de Marajó
O dia é de céu azul na ilha e subimos o rio Paracaury em direção a fazenda Sanjo. No caminho, aproveito para conhecer o furo do Miguelão – segundo uma lenda local, Miguel era um caixeiro viajante de origem árabe que chegou a região no fim do séc XIX que mandou construir um furo para cruzar do rio Paracaury a outros pequenos rios da região. Esse furo corta uma vegetação de mangue e floresta de várzea e não possui mais de 20metros de largura nos seus trechos mais largos, o que dá a sensação de estar sendo coberto pela alta floresta do mangue Marajoara.
Após o passeio no furo seguimos subindo o rio para a fazenda Sanjo. Mal desembarcamos num igarapé da fazenda e lá estavam dos vaqueiros nos aguardando com 2 búfalos de montaria! Subimos nos calmos búfalos marajoaras e andamos por com uns 20 min até chegar a sede da Fazenda. De lá saí a cavalo com mais dois vaqueiros para buscar uma manada com cerca de 50 búfalos, que precisava ser deslocada em direção a um campo alagado. Depois de mais de 40 minutos com água quase passando dos meus joelhos chegamos ao curral.
Continuo o passeio para conhecer um outro ponto da ilha, na fazenda Nossa Senhora do Carmo, no município de Cachoeira do Arari. Um caminho belíssimo por rios da região. No fim do dia volto à cidade de Soure para jantar em um simples bar da região e provar a concorrida coxinha de carangueijo, comum na ilha. Degusto essa iguaria e acabo o dia cansado, mas feliz da vida.